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domingo, 28 de abril de 2013

Espaço

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Eu tenho um espaço.
Um espaço vazio.
Um espaço vazio cheio de vazio.
E quando a gente grita, o espaço grita com a gente. 


segunda-feira, 22 de abril de 2013

Would you die?



Sentei no parapeito do prédio e observei uma frondosa nuvem cinzenta esconder a lua minguante no céu. Perguntei a ela se entendia de tristeza. Se um dia quis sair de sua orbita e fugir para sempre. Ela me lançou seu ultimo brilho antes de sumir e eu percebi o quão distante estava das minhas próprias respostas. Senti o pesar se apoderar do meu intimo e deixei-me chorar. Agarrei-me no concreto e fechei os olhos, constatando que o céu chorava comigo.  

Queria poder ser a sua única lua. Queria poder absorver o máximo do seu brilho, mas eu me tornei apenas um vago satélite sem luz. Pobre garotinha cinzenta, morta viva lutando pela própria sobrevivência. Enchendo-se de ilusões a respeito da felicidade. E enquanto a chuva lavava o meu corpo, implorei por uma chance. Naquela noite, minha sanidade acenou-me um adeus.  A dor prometeu me matar aos poucos.

Então eu pulei. Senti meu corpo tombar no concreto lá embaixo. Visualizei algumas pessoas se amontoarem ao meu redor. Depois disso, adormeci. Acordei segundos depois sentada no parapeito. Ela tocava em meus ombros e sussurrava em meu ouvido um doce e persuasivo 'ei, eu te amo.'. Permiti-me então falecer em seus braços, sorrindo e abandonando-me.